SUSTENTABILIDADE
Exposição itinerante “Lixúria” chega ao Complexo Madeira-Mamoré, com arte, reflexão e sustentabilidade para crianças, jovens e famílias
Imagine entrar em um caminhão e, de repente, se ver
dentro de um museu. Essa é a proposta do “Busão das Artes”, que nesta temporada
apresenta a mostra “Lixúria”, uma experiência que mistura arte, sensações e
reflexão sobre o impacto do consumo e dos resíduos no nosso dia a dia.
De 18 a 27 de agosto, o caminhão-baú de 15 metros,
transformado em um espaço expositivo, ficará aberto no Complexo Madeira-Mamoré,
em Porto Velho, sempre com entrada gratuita. Aos finais de semana, o público em
geral poderá participar livremente. Durante a semana, alunos da rede municipal
têm vivido a experiência de visitar o museu itinerante, que chega para
despertar olhares e consciências.
UM MUSEU QUE NASCE DO INESPERADO
Avivyah Domingues não escondeu a surpresa de ver o caminhão virando um museu
Do lado de fora, um caminhão espelhado que se
camufla na paisagem urbana. Do lado de dentro, um universo que transforma
resíduos em arte. Com curadoria de Marcello Dantas, a mostra “Lixúria”
apresenta obras de artistas renomados como Vik Muniz, Sueli Isaka, Guto Lacaz,
Sandra Lapage e Pirilampos do Planeta.
Entre os destaques, estão peças interativas que
encantam crianças e adultos: uma balança que calcula o lixo produzido por
pessoas ao longo da vida e um mapa digital de lixões e aterros. Já no espaço
externo, esculturas criadas a partir de resíduos mostram que o descartado pode
renascer em beleza e significado.
OLHARES QUE BRILHAM
Milena Sophia descreveu o passeio como inesquecível
Os estudantes da rede municipal de ensino foram os
primeiros a embarcar nessa viagem. Avivyah Domingues, 10 anos, aluna do 5º ano
da Escola Municipal Broto do Açaí, não escondeu a surpresa. “Eu achei incrível
ver o caminhão virando um museu.
Já Milena Sophia, 11 anos, também do 5º ano,
descreveu o passeio como inesquecível. “Quando entrei, parecia outro lugar, a
obra que mais me chamou atenção foi a balança do lixo, porque fez pensar em
tudo o que a gente joga fora.
EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA
Professora Janayara Dedé destacou a importância do projeto para a formação dos alunos
A professora Janayara Dedé, supervisora da Escola
Broto do Açaí, destacou a importância do projeto para a formação dos alunos:
“Nós já trabalhamos com educação ambiental na escola, com projetos de
reciclagem e cuidado com os espaços coletivos. O Busão das Artes vem somar a
tudo isso, trazendo uma vivência que amplia o olhar dos estudantes. Já vemos
resultados: eles cuidam mais do espaço escolar, juntam tampinhas para ajudar
causas sociais, levam óleo usado para descarte correto e entendem que pequenas
atitudes podem mudar o futuro”.
A VOZ DO PROJETO
Para Jonathan Luiz Ignácio, coordenador do Busão
das Artes, o objetivo é provocar reflexão e inspirar mudanças. “O Busão nasceu
da ideia de levar arte para onde ela não costuma estar. Transformamos um
caminhão em museu para mostrar que a arte cabe em qualquer lugar, e que ela
pode nos transformar. A arte provoca, emociona, desperta”.
Ignácio completa que “quando falamos de meio
ambiente por meio da arte, tocamos o coração das pessoas. É isso que faz
diferença, especialmente para as crianças que estão começando a construir sua
visão de mundo. Esperamos que cada visitante saia daqui diferente de como
entrou, mais consciente e mais sensível. Para os estudantes, é uma oportunidade
única de aprendizado fora da sala de aula. E sim, o Busão vai continuar
rodando: a ideia é percorrer várias cidades, levando essa reflexão para todo o
Brasil”.
PARCERIA PELA ARTE
O Busão das Artes chega a Porto Velho por meio da Lei Rouanet, com o apoio da Energisa e da Secretaria Municipal de Educação (Semed). De segunda a sexta-feira, as visitas são destinadas às escolas públicas e privadas. Nos finais de semana, o espaço estará aberto a toda a comunidade, sempre de forma gratuita. A exposição fica no Complexo Madeira-Mamoré até o dia 27 de agosto.
Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)



