PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
| Governo do Estado de Rondônia
Com o intuito
de apresentar soluções para um problema ambiental e possibilitar a geração de
renda extra às comunidades e extrativistas, o governo de Rondônia vem
desenvolvendo, desde 2023, o manejo de controle do Pirarucu invasor na Reserva
Extrativista de Pedras Negras, no município de São Francisco do Guaporé. O
trabalho faz parte de um conjunto de ações da Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Ambiental (Sedam), liderado por técnicos da Coordenadoria de
Unidades de Conservação (CUC), e utiliza a mesma metodologia que já vem
apresentando resultados satisfatórios na Reserva Extrativista Rio Cautário, em
Costa Marques.
A ação se dá após os pescadores extrativistas da região
relatarem quedas expressivas na captura de espécies de peixes nativos, além dos
dados relativos à ictiofauna (conjunto de peixes de uma região) predada pelos
pirarucus. Por essa razão, o manejo da espécie na Resex de Pedras Negras é uma
ação essencial para o equilíbrio do ecossistema local.
Além de contribuir para o controle da espécie, a iniciativa fortalece a economia das comunidades tradicionais e quilombolas envolvidas, gera oportunidades e promove a conservação dos recursos naturais, uma vez que o peixe pode chegar a 3 metros de comprimento e pesar mais de 200 quilos. Somado à falta de predadores naturais, isso aumenta o impacto nas áreas invadidas, provocando o ataque a filhotes de jacaré, tracajá e até mesmo de aves como o pato-do-mato.
CONTROLE E PRESERVAÇÃO
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Pescadores da região relataram quedas expressivas na captura de espécies de peixes nativos |
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o manejo de
controle do Pirarucu na Resex de Pedras Negras é uma ação fundamental para a
preservação do equilíbrio ecológico das unidades de conservação. “É fundamental
implementar práticas que visam a sustentabilidade ambiental, a fim de garantir
a proteção da biodiversidade local e o bem-estar das comunidades que dependem
desses recursos naturais. Esse trabalho protege o meio ambiente e também
contribui para a geração de oportunidades e o fortalecimento da economia
local”, enfatizou.
Segundo o assessor técnico científico e pesquisador da
CUC, Leonardo Silva Pereira, a disseminação do Pirarucu fora de seu hábitat
natural é caracterizado como um sério problema ambiental. “A proliferação do
Pirarucu fora de sua área natural se caracteriza como um sério desafio
ambiental, já que essa espécie, normalmente associada ao status de ameaça de
extinção em suas áreas de origem, vem causando desequilíbrio nos ecossistemas
locais invadidos, apresentando um impacto evidente, especialmente à ictiofauna
nativa do estado”, explicou.
AÇÕES DESENVOLVIDAS
O secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, destacou a
série de iniciativas tomadas pela Secretaria no combate a esta ameaça. “A Sedam
vem desenvolvendo diversas ações ao longo dos últimos anos, incluindo a pesca
experimental do Pirarucu. Estamos trabalhando em conjunto com as comunidades
tradicionais, como os quilombolas, extrativistas e pescadores profissionais
associados às colônias de pescadores do estado de Rondônia. As ações visam,
principalmente, a redução das populações da espécie e a geração de renda extra
às comunidades tradicionais envolvidas”, salientou.
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Fonte
Secom - Governo de Rondônia